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Foto: https://br.linkedin.com/in/cassiano-henrique-de-albuquerque-78b194218 

 

CASSIANO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE

( BRASIL – ALAGOAS )

 

Nasceu em Pôrto Calvo em 17 de março de 1888.

Irmão do grande poeta e escritor  Mateus de Albuquerque, Cassiano viveu sempre arredio, à margem das contendas literárias; de Casa para a sua repartição, onde exercia o modesto cargo de telegrafista.
Não publicou nenhum autenticando poesias e crônicas.
Morreu tuberculoso em 1921, em Maceió.

 

AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.   Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  278 p.   Encadernado. 
No. 08 717               Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

O MAR

Tremo fitando o mar. E em pavoroso grito
Êsse velho guerreiro em córela troveja,
E ora vai, ora vem, ora, louco espaneja
A vaga para o azul, a insultar o infinito...

Como doido leão, desesperado e aflito,
Recua, e avança, e brame, e enfim  a praia beija.
E a tronítrua canção que a espaços espumeja,
Parece o desabar de um mundo de granito.

Mas, por que ruge o mar nessa fúria sem nome?
Que medonha paixão o peito lhe consome?
Por que tanto bramir? Por que tamanha guerra?

Ó valente guerreiro, ó lutador insano,
Se não és o gemer do coração humano,
És o verbo de Deus soluçando na terra.


  
LAGO

Há na velhice, a verdadeira idade
Da vida, um lago límpido, macio,
Sem névoas, sem rumores, sem desvio,
Cuja nascente vem da mocidade.

Quando da lua a branca claridade
Envolve o lago em longo beijo frio,
Corre no coração, como no estio,
Uma doce, ideal serenidade.

Porém, se uma asa pelo sol ferida,
Na desesperação da dor insana,
De leve encrespa a superfície calma,

Muda-se o lago em água revolvida,
Palpitam mágoas e no fundo da alma
Ferve o marulho da saudade humana.



 ÍNTIMO

Vendo-a rezar ao pé da sepultura
De minha mãe, minha imortal saudade,
Não sei dizer a mística ternura
Que meu peito de noivo e filho invade.

Sai-lhe a prece do lábio e o céu procura,
repassada da angélica bondade.
Carinho assim, afeto assim, doçura,
Mãe, com igual amor pagar quem há-de?

Se pudesses volver à terra, um dia,
Onde o teu vulto santamente brilha
Nos exemplos de amor que nos deixaste;

Teu coração de mãe rebentaria,
Em ternuras e afagos para a filha
Que na terra não viste nem beijaste!

 

*
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Página publicada em março de 2024


 

 

 
 
 
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